29 julho 2007

28 julho 2007

vaias

Bem se sabe que não foi, certamente, o povo brasileiro quem vaiou o presidente naquela noite de abertura do Pan. Eu estava em Maringá, assistindo à cerimônia pela TV e, tomando um susto, ouvi aquelas vaias desrespeitosas enquanto Galvão Bueno silenciava, constrangido (?). Não é o povo brasileiro que tem grana pra entrar num estádio e assistir a uma cerimônia luxuosa como a abertura dos jogos. Quem vaiou Lula foi uma parcela da classe média burra brasileira que, em cima de seu tamanco, acha que entende bastante de política e que pode manifestar-se quando quiser e da maneira como quiser.
Diante daquele acontecimento cheguei à conclusão de que a classe média, além de burra (embalada pela opinião alheia) é também sem educação. Quem viu aquilo de fora do país deve ter admirado assistir a um povo tão alegre e tão receptivo a vaiar o presidente da república (que foi eleito democraticamente por meio do voto popular, lembremos bem).
Independentemente de quem fosse o presidente, aquele não era o lugar nem a hora de se provocar um protesto como o realizado. Acontece que essa gente mediana ignorante não dá legitimidade a Lula e não consegue aceitar, até hoje, que um homem desses conseguiu chegar ao poder, porque o cara fala errado, usa barba e não passa, sem dúvida, de um nordestino retirante que veio se aventurar em São Paulo, como torneiro mecânico, e acabou chegando, assim, como quem não quer nada, à presidência da república. Esses porcos imbecis não acreditam que alguém sem diploma universitário seja capaz de ocupar um cargo no alto escalão da política nacional.
Lula é o presidente mais desrespeitado que esse país já teve. Mas é também o mais admirado, já que a maioria da população não estava naquele estádio e, não duvido, teria aplaudido incessantemente a figura daquele que a representa de maneira legitima frente ao poder executivo desse país.
As vaias não se limitam ao presidente. A falta de educação se estendeu às apresentações dos atletas de outros países que, mesmo tendo dado um show esportivo, acabaram levando uma banana do público brasileiro (que não soube se comportar como um bom perdedor na hora que convinha). Vaias que mostram o quão nojenta é nossa classe média.
Fica registrado o meu repúdio a essa gente estúpida e sem educação.

22 julho 2007

white stripes

leia a resenha do disco e procure algum lugar para fazer o download
porque o troço é bom, meeesmo!

21 julho 2007

my friend

Hot and burning in your nostrils
Pouring down your gaping mouth
Your molten bodies blanket of cinders





PATO FU de volta, com um puta disco


letras existencialistas e o melhor som desse país!

LINKADO NOUTRO LUGAR

12 julho 2007

trecho

(...)


Ela jogou seu cabelo vermelho para trás e olhou para cima.
O céu estava cinzento.
O dia, abafado.
Ela viu uma pomba que voava.

Os carros passavam sem cessar e ela queria atravessar a rua.
Esperava o semáforo.
Olhava para frente.
Via pessoas do outro lado da rua
E permanecia indiferente.
(...)

08 julho 2007

help!


Alguém pode me mostrar o sentido da vida, por favor? Alguém me dê uma esperança e um motivo para continuar respirando, please! Tudo continua bastante cinzento por aqui e pouca coisa é consistente. Vou sair para dançar hoje a noite e vou beber o que tiver direito. Alguém pode me dar a mão? As coisas estão parecidas demais. Tudo dá a impressão de ser feito da mesma matéria (uma coisa meio gosmenta, parecida com vômito ou diarréia, sei lá!). E eu também me sinto como se fosse parte dessa porcaria. Não vejo pessoas nas ruas, mas uma porção de perfis de orkut desfilando suas preferências mascaradas. E eu, o que sou? Um bosta.
.
Tornei-me um niilista? Ainda não. Porque tenho amigos incríveis e um trabalho que me faz pisar no chão. Mas não me sobram muitas coisas, "só acredito no semáforo, acredito no avião; eu acredito no relógio, acredito no coração" (Vanguart). Esse troço estranho que fica batendo aqui dentro de mim, obrigando-me a estar vivo e a sentir a mim mesmo como se eu fosse res extensa e não res cogitans. Vontade de sair correndo.
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Eu gosto da música que ouço. Já é alguma coisa.

01 julho 2007

existencialismo


numa comunidade do orkut, escrevi eu:

"o homem não se criou porque, na verdade, ele é fruto de uma história e das várias circunstâncias que o rodeiam. agora, para ser livre, importa que o homem saiba lidar com essas circunstancias: a liberdade sartreana consiste, exatamente, em saber se relacionar com aquilo que foi feito de nós"


continuo bem existencialista, né?

ask me



shyness is nice, and

shyness can stop you

from doing all the things in life

you'd like to

So, if there's something you'd like to try


If there's something you'd like to try


ASK ME - I WON'T SAY "NO" - HOW COULD I ?